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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Animais estranhos e extintos


QUAGGA: METADE ZEBRA, METADE CAVALO (EXTINTO DESDE 1883)



Uma das mais famosas espécies extintas da África, o quagga era uma subespécie de zebra das planícies. Distinguia-se de outras zebras por ter as marcas habituais apenas na parte frontal do corpo. No meio do corpo, as listras desbotavam e escureciam, até chegar a um marrom. O nome vem de uma palavra do dialeto Khoikhoi para zebra e é onomatopeica, sendo dita para assemelhar-se ao som que o quagga faz. O quagga foi classificado originalmente como uma espécie individual, Equus quagga, em 1788. Ao longo dos próximos cinquenta anos ou mais, muitas outras zebras foram descritas pelos naturalistas e exploradores.
Por causa da grande variação nos padrões de pelagem (não há duas zebras iguais), os taxonomistas ficaram com um grande número de “espécies”, sem maneira fácil de saber qual delas eram espécies verdadeiras, quais eram subespécies, e quais eram simplesmente variantes naturais. Muito antes dessa confusão ser resolvida, o quagga havia sido caçado até a extinção por sua carne e pele. O último quagga selvagem foi provavelmente registrado no final de 1870, e o último exemplar em cativeiro morreu em 12 de agosto de 1883 em Amsterdam. O quagga foi a primeira criatura extinta a ter seu DNA estudado. Recentes pesquisas genéticas demonstraram que ele não era de fato uma espécie separada, mas uma variável da zebra das planícies.


TILACINO: TIGRE DA TASMÂNIA (EXTINTO DESDE 1936)
O tilacino foi o maior marsupial carnívoro conhecido dos tempos modernos. Nativo da Austrália e Nova Guiné, acredita-se que foi extinto no século 20. É comumente conhecido como tigre da Tasmânia (devido a suas costas listradas) ou lobo da Tasmânia. Foi o último membro sobrevivente de seu gênero, Thylacinus, embora um número de espécies aparentadas tenha sido encontrado nos registros fósseis que datam do início do Mioceno. O tilacino foi extinto no continente australiano milhares de anos antes da colonização europeia, mas sobreviveu na ilha da Tasmânia junto com um número de espécies endêmicas, como o diabo da Tasmânia. A caça intensiva encorajada por recompensas é geralmente a culpada por sua extinção, mas outros fatores podem ter contribuído, como doenças, a introdução de cães e a invasão humana de seu habitat. Apesar de ser oficialmente classificado como extinto, de vez em quando há relatos de que ele foi avistado.



 DUGONGO-DE-STELLER (EXTINTO DESDE 1768)
Encontrado perto da costa asiática do Mar de Bering, o animal foi descoberto em 1741 pelo naturalista Georg Steller. O dugongo-de-steller tinha até 7,9 metros de comprimento e pesava até 3 toneladas, muito maior do que peixes-boi e dugongos (outros mamíferos marinhos). Tinha duas patas dianteiras e uma cauda parecida com a de uma baleia. De acordo com Steller, ele nunca ia para a costa, vivia sempre na água. Sua pele era negra e grossa, como a casca de um carvalho, sua cabeça era pequena em relação ao corpo, e ele não tinha dentes. Era completamente inofensivo. Fósseis indicam que o animal era anteriormente difundido ao longo da costa do Pacífico Norte, alcançando o sul do Japão e da Califórnia. Dada a rapidez com que sua população foi eliminada, é provável que a chegada dos seres humanos na área foi a causa de sua extinção. Há ainda relatos esporádicos de animais parecidos com o dugongo-de-steller na área de Bering e Groenlândia, por isso tem sido sugerido que pequenas populações do animal podem ter sobrevivido até os dias atuais (o que não foi provado).



 ALCE IRLANDÊS: O MAIOR CERVO (EXTINTO CERCA DE 7.700 ANOS ATRÁS)
O alce irlandês foi o maior veado que já existiu. Ele viveu na Eurásia, da Irlanda a leste do lago Baikal, durante o Pleistoceno. Os últimos restos conhecidos da espécie datam de cerca de 5.700 a.C., ou cerca de 7.700 anos atrás. O cervo gigante é famoso por seu tamanho, cerca de 2,1 metros de altura até os ombros, e em especial por ter a maior galhada de qualquer cervídeo conhecido (máximo de 3,65 metros, ponta a ponta, pesando até 40 quilos). Há uma certa discussão da causa de sua extinção; alguns têm sugerido que a caça foi um fator que contribuiu para seu desaparecimento, como muito da megafauna pré-histórica. Já outros consideram o tamanho do seu chifre, que certamente restringia a circulação dos machos em regiões da floresta. Mas a evidência para a caça excessiva não é confiável, e sendo uma espécie continental, ele teria coevoluído com os seres humanos ao longo da sua existência e, presumivelmente, se adaptado à sua presença.



TIGRE DO CÁSPIO: O TERCEIRO MAIOR TIGRE (EXTINTO DESDE 1970)
O tigre do Cáspio ou tigre persa era uma subespécie de tigre encontrada no Irã, Iraque, Afeganistão, Turquia, Mongólia, Cazaquistão, no Cáucaso, Tajiquistão, Turquemenistão e Uzbequistão até que, aparentemente, desapareceu na década de 1970. De todos os tigres do mundo, era o terceiro maior. Seu corpo era forte com pernas longas, patas graúdas e garras excepcionalmente grandes. As orelhas eram curtas e pequenas. O tigre do Cáspio tinha bastante pelo no rosto; no resto do corpo, era longo e grosso. A coloração era semelhante à do tigre de Bengala. Os machos eram muito grandes e pesavam 169 a 240 quilos. As fêmeas não eram tão grandes, pesando 85 a 135 quilos. Ele também é um dos animais extintos ocasionalmente “avistados”.



 ARAU-GIGANTE (EXTINTO DESDE 1844)
O arau-gigante foi a única espécie do gênero Pinguinus a sobreviver até tempos recentes. Com cerca de 75 centímetros de altura e pesando 5 quilos, o animal, que não podia voar, foi o maior do grupo dos alcídeos. Tinha penas brancas e pretas brilhantes. No passado, foi encontrado em um grande número em ilhas do leste do Canadá, Groenlândia, Islândia, Noruega, Irlanda e Grã-Bretanha, mas acabou sendo caçado até a extinção. Restos encontrados na Flórida, EUA, sugerem que pelo menos ocasionalmente as aves se aventuraram até o sul no inverno (o que ocorreu até o século 14, mais ou menos).



LEÃO DAS CAVERNAS: UM DOS MAIORES (EXTINTO HÁ 2.000 ANOS)
O leão das cavernas é uma subespécie extinta de leão conhecida a partir de fósseis e uma grande variedade de arte pré-histórica. Esta subespécie foi um dos maiores leões; um macho adulto, encontrado em 1985 perto de Siegsdorf (Alemanha), tinha uma altura de cerca de 1,2 metros e um comprimento de 2,1 metros sem a cauda, que é aproximadamente o mesmo tamanho de um leão moderno muito grande. Ele pode ter sido em torno de 5 a 10% maior do que os leões modernos. Aparentemente, foi extinto cerca de 10.000 anos atrás, durante a glaciação de Würm, embora haja alguns indícios de que pode ter existido até 2.000 anos atrás, nos Balcãs.





DODÔ: AVE EXTINTA POR CAUSA DO HOMEM (EXTINTO DESDE FINAIS DO SÉCULO 17)
O dodô (Raphus cucullatus) era uma ave não voadora que habitava a ilha de Maurício. Parente dos pombos, tinha cerca de um metro de altura, comia frutas e fazia ninho no chão. O dodô foi extinto desde meados até o final do século 17. É comumente utilizado como o arquétipo de uma espécie extinta, pois a sua extinção ocorreu durante a história humana, e foi diretamente atribuída à atividade humana. Existem até expressões como “morto como um dodô”, que significa morto sem dúvida alguma, dentre outras.