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segunda-feira, 27 de junho de 2011

O Manual do Stalker

“Today anyone on the Internet can find out more about what you read, think, and earn than the secret police of Stalin or Hitler could have learned.” – Nowhere to Hide, de Robert Scheer


Em primeiro lugar, gostaríamos de deixar bem claro que praticar o stalking é uma atividade absolutamente normal e sadia. A internet da era das redes sociais foi feita pra isso. Perceba que as pessoas gostam de se mostrar. Gostam de falar onde estão, gostam de tirar fotos de si mesmas, e gostam de falar sobre si mesmas durante o dia todo. Essas pegadas digitais foram feitas para você consumir. O lance é que o termo stalker, no real sentido da expressão, inclui uma forma mais investigativa e menos natural de saber mais sobre alguém. E nós vamos te ensinar nesse guia, como fazer isso de forma profissional. OH, YEAH!



TWITTER: A FERRAMENTA DOS PROFISSIONAIS NA ÁREA

Você pode acompanhar o que alguém está tuitando, sem ter que seguir essa pessoa. Se você der sorte e essa pessoa não usar o maldito cadeado no perfil, faça uma conta no Hootsuite ou instale o Tweetdeck e adicione uma coluna de tuítes com o search do @fulano. Você vai saber tudo o que ele twittar e todos os replies que ele receber. Creepy, but awesome. Aliás, agora no Twitter você pode ver a timeline inteira da pessoa. Entra no perfil dela > following > tweets. É de chorar, moçada.

CUIDADO COM O GOOGLE

Gente, o Google é muito perigoso. Ele sabe tudo o que a pessoa que você está perseguindo colocou na internet, mas ele sabe tudo sobre você também. E isso pode te complicar. Um exemplo clássico é quando você vai procurar alguma informação sobre a pessoa e o Google te mostra o blog/site dela. Ao clicar nesse link você automaticamente acabou criando uma pista contra você. Sites como o wordpress e algumas outras ferramentas como o chartbeat mostram para os autores dos blogs o que os leitores fizeram pra chegar lá (incluindo as buscas do Google). Então, dependendo de como você fizer essa busca, você pode se auto-denunciar.

NA VIDA REAL: FINJA SER NORMAL


A maior gafe do mundo é quando você deixa perceber que sabe tudo sobre a vida da pessoa sem que ela tenha te contato. Tá proibido ficar comentando sobre as coisas que a pessoa tweetou, postou, clicou e etc. Você já é um stalker profissional, mas ninguém precisa saber disso.

STALKERS SÃO PERIGOSOS

Sim, muito. Nós estamos falando de relacionamentos bobos e das brincadeiras virtuais do dia a dia. Mas tem gente que leva isso a sério demais a ponto de fazer loucuras do lado de fora do micro. Se alguém aparecer na sua casa falando que é seu seguidor e que te ama, chame a polícia. Certa vez uma tuiteira famosa comentou no Twitter que nunca tinha recebido flores. À tarde chegaram vários buquês na casa dela de pessoas que ela nunca tinha conversado na vida. #TENSO.

NADA É O QUE PARECE

Entenda que aqui na internet, as reações são mais efêmeras, exageradas e delicadas. Vamos ser mais claros? A galera AMA fazer a íntima. Duas meninas que são bffs na verdade nunca se viram na vida real. Ou, na verdade, uma nem gosta tanto da outra. Mas elas trocam muito replys por causa do trabalho, ou pelo que a própria meritocracia wébica sugere. Não se iluda: as relações de internet nem sempre são verdadeiras.

BONS SITES

Esse site SPOKEO é tudo o que um bom investigador das relações wébicas precisa. Você coloca o nome, email ou apelido do seu “alvo” e ele retorna todas as redes sociais, fotos, sites, etc que a pessoa participa. Ele faz com mais clareza o que no Google às vezes é uma bagunça. O serviço é pago.

VAMOS TRABALHAR O AMOR PRÓPRIO?

Nunca se esqueça que é sempre bem mais importante se amar do que ficar de olho na arroba alheia. Viva a internet de brincadeira e utilize as ferramentas que sentir vontade pra se sentir melhor e/ou mais informado. Mas às vezes a perseguição não vale a pena o tempo gasto. Às vezes seria melhor se você tivesse vendo vídeos de gatinhos no Youtube.